A atual pandemia do novo coronavírus trouxe a necessidade de reeducar hábitos cotidianos e modificá-los temporariamente. A melhor forma de evitar o contágio é o isolamento social. Porém, essa é uma medida que afeta a economia local e global.

Com o intuito de amenizar os impactos econômicos causados pela pandemia de COVID-19, o governo federal disponibilizou uma linha de crédito de R$40 bilhões para financiar a folha de pagamento de micro e pequenas empresas. Contudo, as previsões para o Brasil não são as melhores, segundo o FMI (Fundo monetário
Internacional) a economia despencará 5,3% em 2020 e sua recuperação deverá ser lenta.

Isso significa que os cuidados preventivos serão longos, assim como os efeitos dessa pandemia. Por isso, até que ela termine, a produção, consumo e demais aspectos serão afetados. Para as companhias iniciarem seu processo de
recuperação elas precisarão tomar medidas que ajudem a gerenciar o endividamento delas.

A curto prazo, o baixo nível de utilização da capacidade instalada é mais fácil de ser recuperado, basta a empresa usar o maquinário já disponível e contratar mais trabalhadores para acelerar a produção se houver um aumento da demanda. Mas, a longo prazo, os investimentos capazes de garantir um crescimento mais sustentável são postergados e apenas destravados quando todo esse processo for concluído.

A primeira mudança é em relação ao consumo, os itens básicos e de saúde se tornam prioritários. Isso modifica os preços, estoque e produção desses itens. Ao mesmo tempo que a demanda dos produtos se altera, a produtividade de diversos setores também muda, isso acontece porque as pessoas estão reclusas em suas casas trabalhando menos e consumindo menos itens secundários.

Após o período de confinamento necessário para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, as pessoas retornarão aos seus hábitos de consumo. Contudo, com o orçamento familiar reduzido devido às dificuldades enfrentadas durante esse momento, o mercado terá que se adaptar, já que o valor gasto nessas compras deve ser menor. Ao invés de investir apenas em cuidados essenciais, as pessoas poderão voltar a adquirir itens secundários, como lazer. Essa perspectiva ajudará os negócios a se organizarem e terem uma perspectiva de ação.

Entender as necessidades dos consumidores e se adaptar às mudanças será
essencial para conseguir superar a crise pós pandemia.